A expectativa em torno da nova gestão de Hélder Lazarotto à frente do Executivo por mais quatro anos é quase mínima. O que todo o eleitorado espera é que os planos de governo apresentados lá em 2020 sejam finalmente cumpridos. Desta vez, não haverá como chegar a outubro de 2028, maquiar o que não foi feito e fazer de conta que Colombo é a oitava maravilha do mundo.
É certo que novas gerações de políticos irão se manifestar contra ou a favor daquilo que a administração fará. Nesse período, a gestão não terá muita sombra de Beti Pavin para incomodar, a não ser que o atual prefeito cometa os mesmos erros de Jota Camargo em seu segundo mandato, quando “meteu o pé na jaca” e foi banido da política de Colombo. Apesar disso, Jota ainda influencia a gestão nos bastidores, nos porões dos acordos e acertos.
Beti Pavin saiu de cena ao final da eleição e provavelmente não aparecerá por pelo menos dois anos. Ela já conquistou tudo o que tinha para conquistar e só voltará se houver clamor popular. Já Sérgio Pinheiro (NOVO) e Plínio Schmidt (PRTB), remanescentes da eleição passada, terão que tomar posição se quiserem almejar algo no futuro. Quem sabe até pinte uma dobradinha entre eles.
O eleitorado de Colombo não deu um cheque em branco para Hélder Lazarotto; deu um talão de cem folhas. Será preciso beneficiar a população de forma significativa, ou as consequências de uma escolha e de uma vitória histórica do PSD virão.
Eu quero acreditar que o hospital prometido sai até 2026, já que a promessa era para dezembro de 2025. No entanto, não acredito que a obra seja entregue antes de 2032. Estou sendo otimista.
Hélder Lazarotto enfrentou problemas com sua primeira equipe de trabalho ao assumir em 2021, sendo obrigado a recorrer aos “velhos” e experientes servidores e políticos de sempre. A renovação parou por aí. Porém, essa estratégia lhe deu o que precisava: uma vitória maiúscula para se firmar como político de alto escalão. Até então, Hélder não tinha nada de muito relevante para mostrar, além da fama de “gestor da Saúde” e do compromisso de redimir Colombo de suas mazelas no setor.
Resta saber se o atual vice-prefeito, Alcione Giareton, conseguirá escapar de um processo no caso da Operação Liber e permanecer à frente da Secretaria de Educação. Esse é um tema que blogs e ativistas políticos evitam tocar. E, quando tocam, apenas Alcione apresenta sua versão, como aconteceu recentemente em uma entrevista para um canal da blogosfera colombense. Ele deu sua versão, que é a que ficou valendo para o público em geral, especialmente quando atacou Valdinei Bueno. Alcione tem todo o direito de se defender e atacar quem quiser, mas é lamentável que o comunicador que o entrevistou não tenha dado o mesmo espaço para ouvir o outro lado, ou sequer buscado a versão de Bueno. Essa é uma regrinha básica usada em qualquer meio de comunicação de credibilidade, mas não aconteceu aqui.
Como escrevi há alguns dias, ou a atual gestão, com todos os apoios que tem, consegue permanecer à frente do Executivo por mais dois ou três mandatos, ou os 73% de eleitores que aprovaram esse governo nas urnas terão que se virar. E, nesse caso, resta esperar que a PEC 6×1 tenha êxito, dando ao trabalhador de Colombo, que muitas vezes trabalha em Curitiba, uma oportunidade maior de conhecer o próprio município e vivenciar como as coisas funcionam. Afinal, o direito ao descanso em um dia a mais é essencial para fazer justiça ao trabalhador brasileiro, especialmente ao colombense, que vive em um município conhecido como “cidade-dormitório”.
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